
Afinal vinho faz bem mesmo?

Quanto vinho posso beber por dia? Esta pergunta não tem uma resposta unânime, e sim várias interpretações. A maioria dos estudos em matéria indica que a quantidade de álcool que pode se ingerir diariamente seja de 0,6 gramas por quilo de peso corpóreo – sendo o limite de 1 grama. Os gramas de álcool presentes numa garrafa se calculam multiplicando o grau alcoólico por 7,9.
O assunto álcool assusta, e de fato está certo se preocupar com isto, mas em nível de saúde é universalmente reconhecido que vinho tem mais efeitos positivos que negativos.
Vamos ver aqui alguns:
O álcool e os ácidos primeiramente favorecem a digestão: estimulam os sucos gástricos e as enzimas do aparato digestivo para demolição da comida. Ademais, vinho seco não é apenas tolerado, mas até indicado para diabéticos: o álcool fornece calorias que um diabético não consegue absorver sem açúcar, assim que sua exigência calórica pode ser satisfeita sem uso de insulina. Praticamente, graças ao álcool, o vinho baixa o conteúdo de açúcares no sangue.
Vinho também entra em muitas dietas: o branco é indicado para distúrbios metabólicos, o rosé para colite, o tinto para gastrites.
Já vinho espumante é indicado para febres acudas.
A maioria dos poderes benéficos do vinho está no resveratrol, um polifenól presente nas cascas das uvas; ele existe em cerca de 70 outras plantas também, mas nenhuma planta tem tanto resveratrol quanto a videira. Nela ele tem a função de defesa contra ataques de fungos e bactérias, no homem a principal função é de ser antioxidante. Já ouviu falar no paradoxo francês? Apesar da alimentação dos franceses ser muito rica em gordura (queijos, manteigas, mostardas…), a França tem um baixíssimo índice de doenças cardiovasculares. Isto é devido ao consumo diário de vinho que os franceses sempre tiveram na própria dieta. Claro que eles historicamente não sabiam disto, apenas o costume involuntariamente os salvou.
Algumas dietas onde o vinho é indicado: o branco é indicado para distúrbios metabólicos, o rosé para colite, o tinto para gastrites, o espumante é indicado para febres acudas.
A princípio encontramos mais resveratrol nos tintos que nos brancos, mas foi demonstrado que vinho branco também é benéfico para o coração, defendendo-o de isquemia e infarto.
Os estudos apontam o seguinte: 40 gramas de álcool por dia (cerca de meia garrafa) para o homem e 20g para a mulher diminuem de mais de 30% o risco de doenças vasculares. Nos consumidores habituais o risco de infarto do miocárdio e de AVC diminui de até 75% nos homens e 61% nas mulheres. Isto porque o álcool limita a formação de coágulos dentro dos vasos sanguíneos. Mas isto é válido apenas para os consumidores habituais, pois estes efeitos têm breve duração (24-48 horas) e depois em alguns sujeitos se verifica até um efeito contrário, ou seja, um aumento do risco de coágulos. Por isto podemos dizer que beber apenas no fim de semana ou em raras ocasiões é mais nocivo que benéfico á saúde.
Foi demonstrado que vinho branco também defende o coração de isquemia e infarto, apesar de encontrarmos mais resveratrol nos tintos.
Pelas mesmas funções antioxidantes que o vinho exercita nas células, acredita-se que um consumo moderado também ajude a prevenir vários tipos de câncer.
Tem mais, estudos efetuados em grupos de gêmeos idosos, sendo apenas um deles consumidor regular de vinho, demonstraram que este possuía maior capacidade de raciocínio que seu irmão: a partir desta consideração começaram alguns estudos que relacionam os efeitos positivos entre consumo moderado de vinho e Alzheimer. Ademais os idosos que consumiram vinho regularmente ao longo da vida têm uma maior densidade óssea que os abstêmios e conseqüente menor risco de osteoporose.
Também foi demonstrado que os consumidores moderados de vinho tendem a ser menos depressivos em situações de estresse que os abstêmios.
Vinho ainda tem função antibacteriana, sendo os consumidores habituais e moderados mediamente mais resistentes á vírus da gripe.
Os polifenóis da uva combatem os radicais livres, proporcionando efeitos relaxantes e revigorantes, anti-envelhecimento, que confirmam o sucesso de muitos cosméticos e tratamentos para pele a base de vinho e sementes de uva.
Enfim, podemos afirmar que beber vinho faz bem 100%? A resposta é certamente sim, mas seu consumo tem que ser sempre associado a uma palavra mágica: ‘’moderação’’. Se você não abusar, o seu organismo vai só se beneficiar e seu humor também.

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