
A evolução do saca-rolhas

O saca-rolha é um acessório indispensável no mundo dos vinhos. O apreciador do dia a dia, o degustador profissional, o Sommelier, todos os que estão envolvidos neste universo necessitam desse instrumento secular, que, ao longo dos tempos, evoluiu em formato, tamanho e maneira de ser utilizado.
Como o próprio nome já denota, o saca-rolhas cuja função básica é retirar a rolha de cortiça de uma garrafa de vinho. Grande parte deles é constituído de duas partes: um puxador, que pode ser feito de diversos materiais, acoplado em um talo de metal feito em espiral de rosca ou hélice. Basicamente, a utilização dos saca-rolhas pode ser realizada de duas maneiras: manualmente (que exige técnica e força) ou mecanicamente (através de uma função de alavanca).
O colecionador de saca-rolhas é denominado Pomelkófilos, termo com origem grega e resulta da união de três palavras: poma, elkein e philo, que significam respectivamente, rolha, puxar e amante.
Os saca-rolhas manuais foram os primeiros a serem fabricados, conservam uma técnica de utilização muito rudimentar. A indústria vendo a necessidade de adequação desta ferramenta aos novos tempos começou a produzir modelos mais práticos, que não exigem nenhum tipo de esforço. A infinidade de design e materiais com os quais são fabricados, porém, não alteram a sua função que é sempre a mesma: ajudar a liberar a bebida da garrafa através da extração da rolha que a veda.
História
O ‘parente’ mais velho do saca-rolhas foi o “vrille à tonneau”, que apesar de servir para outra coisa (era usado para retirar balas de canhão) tinha um mecanismo que possibilitava penetrar os toneis de madeira para que fosse instalada uma torneira para servir o vinho.
No século XVII, com o desenvolvimento das garrafas de vidro para armazenar o vinho, e, consequentemente, da vedação através da cortiça, apareceram os primeiros mecanismos que ajudaram a extrair a rolha na hora de servir a bebida. Segundo pesquisas, a origem desta ferramenta é inglesa, e foi primeiramente produzida pelos fabricantes de armas, pois haveria evoluído de instrumento semelhante utilizado na limpeza de mosquetes.
Data de 1676 a menção mais antiga conhecida da utilização do saca-rolhas, foi em um da obras do agricultor britânico John Worlidge que fala em ‘um parafuso de aço utilizado para remover as tampas das garrafas’.
A primeira patente que reivindicavam a invenção do saca-rolha é de 1795, e foi concedida ao Reverendo Samuel Henshall. Até o inicio do século XX, mais de 300 outras patentes foram concedidas a pessoas de países como França, Estados Unidos, Alemanha e Canadá, que modificaram o design e os materiais da ferramenta. Uma das principais modificações ocorreu a partir de 1850, quando foram inventados os saca-rolhas mecânicos, que funcionavam por alavanca.
Tipos
Existem vários tipos de saca-rolhas, dos mais simples aos mais complexos. As variações de design também são muitas, mas o que mais interessa são os mecanismos com os quais funcionam; os principais são:
Saca-rolhas simples: os mais comuns. São encontrados em formato de T. Podem ser fabricados com materiais diversos, sendo normalmente uma espiral metálica presa a outro material resistente. Sua utilização é bastante intuitiva, mas exige força para extrair uma rolha, por essa razão não é recomendável para iniciantes;
Saca-rolhas mecânico: estão se tornando cada vez mais comuns. São todos aqueles que apresentam algum tipo de mecanismo que auxilia a extração manual das rolhas
Saca-rolhas com alavanca: tipos mecânicos que diminuem ou eliminam o esforço para a extração da rolha com o auxilio de alavancas. É o mais confiável de todos, e é largamente utilizado pelos sommeliers.
Saca-rolhas elétrico: projetado para quem não quer trabalho nenhum na hora da extração da rolha. Com um simples toque ele faz tudo sozinho.
Saca-rolhas de pressão: este tipo específico usa a pressão do ar para a extração da rolha. Funciona da seguinte maneira: um mecanismo ajuda a inserir ar dentro da garrafa através de uma agulha, a pressão é criada e logo em seguida a rolha é expelida. Simples, mas deve-se tomar cuidado para utilização com garrafas mais antigas, corre-se o risco dela se quebrar com a pressão do ar.

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