
Região do Dão – Portugal

A região vinícola do Dão, em Portugal, sempre foi um área nobre dos vinhos portugueses. Durante certo tempo, perdeu seu lugar para o Douro e Alentejo, amargando um segundo plano no mundo dos vinhos, mas está retornando com todo o orgulho que seus vinhos merecem pelas suas peculiaridades.
Atualmente, a Rota dos Vinhos do Dão está levando visitantes e turistas aos espaços oferecidos para apreciação da produção vinícola da região com cinco roteiros diferentes: Terras de Viseu, Silgueiros e Senhorim; Terras de Azurara e Castendo; Terras de Besteiros; Terras de Alva e Terras de Serra da Estrela.
Para os apreciadores de bons vinhos, há alojamentos, restaurantes e festas típicas, além das vinhas e adegas, com degustação e prova de vinhos.
A Região Demarcada do Dão foi a uma das primeiras regiões oficiais produtoras de vinhos de Portugal.
O retorno da fama da região do Dão vem lembrar que esta foi uma das primeiras regiões demarcadas de vinhos de mesa em Portugal, sendo ela a fornecedora de vinhos para o país todo, exportando para inúmeros outros.
Sua decadência ocorreu na década de 1960, quando houve um grande aumento na produção, com o surgimento de uma rede de adegas cooperativas. A quantidade de vinho produzida com intenção apenas de venda, fez a qualidade cair. Ao mesmo tempo, e aproveitando a baixa qualidade na época, as áreas do Alentejo e do Douro passaram a melhorar sua própria produção, mantendo a qualidade e atraindo a atenção dos enólogos e dos consumidores de bons vinhos portugueses.
O Dão, região demarcada de Portugal
Situada no centro de Portugal, na província de Beira Alta, a Região Demarcada do Dão foi instituída em 1908, tornando-se a uma das primeiras regiões demarcadas de vinhos não licorosos da Península Ibérica.
Pela qualidade dos seus vinhos, a região do Dão é conhecida como a Borgonha Portuguesa.
Os vinhos produzidos no Dão são gastronômicos, com excepcional acidez, trazendo aromas complexos e delicados. Esse caráter de complexidade, elegância, maturidade e equilíbrio, com excelente potencial de amadurecimento, de forma nobre e harmoniosa, criaram a combinação perfeita com a gastronomia local, atraindo a atenção dos apreciadores de vinho do mundo todo.
A Região Demarcada do Dão possui 376 mil hectares, dos quais 20 mil hectares são destinados exclusivamente às vinhas, abrigando vários distritos, como Coimbra, onde se localizam Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua; Guarda, onde estão Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia e Seia; e Viseu, onde se concentram Carregal do Sal, Mangualde, Mortágua, Nelas, Penavaldo, Castela, Santa Comba Dão e Sátão.
A Região Demarcada do Dão é caracterizada por um relevo acidentado, com solo predominantemente granítico e possuindo terroir e clima propícios para a produção de boas uvas, principalmente devido à sua larga amplitude térmica.
Principais castas da Região Demarcada do Dão
Entre suas castas, as uvas colhidas na Região Demarcada do Dão apresentam alguns destaques, como por exemplo, a Touriga Nacional, a casta mais nobre da região, produzindo vinhos com bom teor alcoólico, trazendo aromas intensos, encorpados, com taninos nobres e propícios ao envelhecimento mais longo, tornando o paladar ainda melhor depois de maturados.
A Alfrocheiro Preto é outra das castas nobres, conferindo aos vinhos aromas finos, ganhando complexidade ao longo dos anos em que amadurece, e a Jaen, com teor alcoólico regular, mas com aromas intensos de fruta madura, taninos de grande maciez e de altíssima qualidade.
Entre as castas brancas, a mais nobre e a Encruzado, com bom teor alcoólico, trazendo aromas complexos, frescos e relativamente secos.

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